A Câmara Municipal de Presidente Olegário aprovou, nesta segunda-feira (18), o reajuste salarial de 4,62% para professores e demais servidores da prefeitura e do Legislativo. O aumento é retroativo a 1º de janeiro de 2024. Clique aqui e assista a reunião na íntegra.
A 2ª Reunião Ordinária foi presidida pela presidente Clênia da Saúde. A vereadora Genilda Araújo Diniz não participou da sessão, sendo justificada sua ausência devido a problemas com a sua Saúde. O vereador Leandro Nunes participou da reunião e durante a mesma se ausentou para participar de audiência no Ministério Público.
O projeto de Lei 003/24, que trata do aumento para os servidores municipais ativos e inativos foi aprovado por unanimidade. Já o projeto de Lei 004/24, que dispõe sobre a remuneração dos profissionais da Educação, em 4,62% teve seis votos favoráveis dos vereadores Branco Teodoro, Moacir Soares, Markim Araújo, Mirsandra Pereira, Tião Roberto e Pedro Osvando de Castro; um voto contrário do vereador Leandro Nunes Bodão e uma abstenção do vereador Reis Teles. A presidente só vota em caso de empate. Por unanimidade, foi aprovado o projeto 005/24, que aumenta de R$ 400,00 para R$ 420,00 o auxílio alimentação dos servidores do município
Durante a votação do projeto de Lei dos profissionais da Educação, o vereador Leandro Nunes Bodão disse que não é contrário ao reajuste de 4.62%, aliás é muito merecido. “Meu voto contrário é devido nosso município não está pagando o piso aos professores”, disse Leandro Nunes Bodão.
Já o vereador Reis Teles absteve de votar no projeto e durante a votação disse que é contra devido os professores não receber o piso nacional. “Nós vereadores recebemos R$ 7 mil e os professores R$ 2 mil, isso é um absurdo”, disse Reis Teles.
O vereador Júnior da Saúde destacou que na semana passada após uma reunião com professores na Câmara foi realizada uma também no gabinete do prefeito onde participaram vereadores, servidores da educação e o gestor municipal Rhenys Cambraia.
De acordo com Júnior da Saúde, o prefeito se propôs a estudar a questão do pagamento do piso embasado através de documentos do Ministério da Educação e a categoria já está juntando toda documentação para ser entregue ao executivo a respeito do repasse do piso. “Os profissionais devem sim receber o piso, na nossa região várias cidades pagam o piso aos professores e aqui não, nós não podemos apresentar este projeto de fixar, o projeto chegando na casa terá nosso apoio, sabemos reconhecer a classe da educação e vamos lutar para que a prefeitura pague o piso”, declarou o vereador.
A professora Maria Helena usou a tribuna da Câmara e falou sobre o projeto que concede reajuste aos profissionais da educação. Em sua fala a professora disse que a intenção da classe nunca foi barrar projeto em momento algum. “Não estamos criticando a atual gestão ou falando mal, aliás eu particularmente acho que está indo muito bem, o que estamos reivindicando é o pagamento do piso salarial estipulado em Lei para os professores da Educação Básica Anos iniciais e finais, uma vez que nenhum desses segmentos recebem o piso que hoje é de R$ 2.748,00
“Não somos massa de manobra eu não sou liderança alguma, estamos juntos para lutar o aumento hoje de 4,62% é para todos, estou aqui para para solicitar o apoio de vocês que elegemos e pagamos salário, é isso que queremos ajuda de vocês. Somos formadores de opinião, somo líderes de nós mesmo, formamos cidadãos não tem ninguém que passou por alguma formação que não passou por nós professores”, disse a professora Maria Helena.
O vereador Pedro Osvando de Castro parabenizou a professora Maria Helena pelo seu pronunciamento com palavras ponderadas na tribuna e expôs de um modo bem inteligente acredito que todos entenderam. No dia da audiência com o prefeito os profissionais da educação Adilson, Edilamar e Girlene; também foram bem ponderados foi uma conversa proveitosa e o gestor não fechou as portas. “Ele disse que esta semana estaria viajando e assim que retornasse ele vai abrir o diálogo” acrescentou o vereador.
“Estaremos juntos para que o piso seja pago, temos que valorizar os professores. Realmente o prefeito tinha compreensão errada e o entendimento que alguns professores ganhavam acima do piso e com as ponderações que foram feitas entendeu-se que está abaixo do piso, conclamo os vereadores principalmente da base que cobre para o que o projeto seja enviado à Câmara para aprovação.
Aumento para Servidores do Legislativo
A Casa de Leis aprovou, de forma unânime, o reajuste de 4,62% para os servidores do Legislativo e vereadores. O auxílio alimentação dos servidores do Poder Legislativo é o mesmo do Executivo, ou seja, de R$ 400,00 para R$ 420,00.
Greve 48h
Nos dia 13 e 14 de março, os professores da rede municipal de ensino realizaram uma Greve de 48h, a categoria durante a paralisação reivindicou o pagamento do piso nacional para os profissionais da educação.
De acordo com a categoria atualmente os professores da Educação Básica Anos Iniciais e Finais; da rede municipal tem o salário base entre R$ 2.307,96 e R$ 2.448,59 por 24h semanais, isso sem o reajuste de 4,62%
Entretanto, os educadores reivindicam a equiparação com o piso nacional, que teve 3,6% de reajuste em fevereiro deste ano anunciado pelo Ministério da Educação, ficando estabelecido em R$ 4.580,57 para 40h semanais e R$ 2.748,00 para 24h semanais.
Negociações
A categoria realizou durante os dias paralisação entrevista nos meios de comunicação, carreata, reunião com a Comissão de Educação da Câmara Municipal e também estiveram reunidos com o prefeito sargento Rhenys Cambraia.
Os profissionais conseguiram durante as negociações que os professores da Educação Básica anos finais fossem inseridos no projeto de Lei, sendo assim eles também foram contemplados com o reajuste de 4,62%, antes eles não iriam receber o percentual.
Já sobre o piso as negociações vão continuar para que o município pague o piso nacional.
Fotos: divulgação Câmara Municipal
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