Professores da rede estadual e da rede municipal de Presidente Olegário paralisam as atividades por 48h

De acordo com a organização é a primeira vez que a classe param as atividades na rede municipal.

Os trabalhadores da rede estadual e municipal de ensino de Presidente Olegário, paralisaram as atividades na quarta-feira (13) e quinta-feira (14). A greve de 48h ocorre para pressionar o Governo de Minas e a Prefeitura para cobrar reajuste do pagamento conforme o piso nacional da categoria. O movimento atinge pelo menos 3,6 mil alunos.

Na rede municipal de acordo com os organizadores é a primeira vez que a classe param suas atividades.

A decisão pela paralisação foi tomada após uma Assembleia Geral Extraordinária do Sindicato Único dos Trabalhadores da Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) no caso dos professores da rede estadual. Já na rede municipal a decisão de parar as atividades, ocorreu após não haver acordo entre o município.

A definição de parar as atividades foi definida entre os profissionais e o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Presidente Olegário, que comunicou a Secretaria Municipal de Educação a paralisação. 

De acordo com a categoria atualmente, os profissionais da educação da rede estadual recebem o salário base de R$ 2.652,22 por 24 horas semanais. Já os professores da Educação Básica Anos Iniciais e Finais; da rede municipal tem o base entre R$ 2.307,96 e R$ 2.448,59 por 24h semanais. 

Entretanto, os educadores reivindicam a equiparação com o piso nacional, que teve 3,6% de reajuste em fevereiro deste ano anunciado pelo Ministério da Educação, ficando estabelecido em R$ 4.580,57 para 40h semanais e R$ 2.748,00 para 24h semanais.

A organização da greve de 48h em Presidente Olegário, ainda não divulgou quais os atos serão realizados nos dias de paralisação. Já o movimento da rede estadual informou que está prevista uma Audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais -ALMG na capital – nesta quarta-feira (13). Na quinta-feira (14), serão realizados atos regionais e conversas com deputados(as), em diversas regiões de Minas. 

Até o fechamento da reportagem a 28ª Superintendência Regional de Ensino (SRE), informou que não seria possível informar o número de servidores que aderiram ao movimento, uma vez que os dados são repassados no final de cada turno de  trabalho de cada servidor. A Secretaria Municipal de Educação disse que não tinha os dados de quantos servidores aderiram ao movimento.

Já os organizadores da paralisação da rede municipal informaram, que até a publicação da reportagem que cerca de 50 profissionais aderiram ao movimento. Os números serão atualizados tão logo a Secretaria e o Movimento repasse a informação. 

A Secretaria Municipal de Educação informou as atividades escolares terão funcionamento normal em todas as escolas municipais, e, que, inclusive a semana é de provas. Também haverá aula nas escolas estaduais do município. 

O que diz a Prefeitura de Presidente Olegário

A Prefeitura, através Secretária Municipal de Educação, Nilda Borges, disse que sobre o piso, a data base dos servidores de Presidente Olegário é março, portanto o projeto de atualização do piso será votado neste mês e o pagamento retroage a janeiro, e que inclusive sempre foi assim.

O Pohoje questionou a secretária se o projeto de atualização do piso que será enviado à Câmara Municipal é só de recomposição da inflação ou vai atender o pagamento do piso como reivindicam a classe. Em resposta, a secretária informou que não viu o projeto, mas pensa que será de acordo com a portaria interministerial.

O que diz o Governo de Minas Gerais 

A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) informa que acompanha e monitora a adesão das escolas e servidores da rede estadual de ensino, ao movimento de  paralisação, convocado pelo sindicato da categoria, nesta quarta (13) e quinta-feira (14). As escolas que eventualmente tiverem alguma atividade pedagógica interrompida, deverão repor o dia paralisado, a fim de cumprir a carga horária anual obrigatória, bem como, os 200 dias letivos previstos na legislação, preservando os direitos dos estudantes.

 

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