Polícia Civil apreende 10 veículos do golpe ‘cashback’ aplicado por locadora de veículos

Indivíduo que teria repassado os veículos na região foi identificado e está sob investigação.
Veículos apreendidos pela PCMG (foto: divulgação Polícia Civil)

A Polícia Civil de Minas Gerais através da 2.ª DEPIFRVA/ DEICTRAN, com o apoio da Delegacia Regional de Patos de Minas e da Delegacia de Polícia Civil de Presidente Olegário, obteve êxito em localizar e recuperar 10 (dez) veículos com impedimento de furto/roubo inseridos no estado de São Paulo.

Os veículos constam num gigantesco esquema criminoso através da modalidade conhecida como “pirâmide financeira”, havendo em São Paulo um inquérito policial que investiga diversos delitos (associação criminosa, estelionato, lavagem de dinheiro, crime contra o sistema financeiro, entre outros) praticados pelos integrantes dessa organização criminosa.

Todos os automóveis estavam na posse de vítimas, tendo as mesmas adquiridos os veículos através do sistema “cashback”, modalidade na qual acreditavam que receberiam todo o valor investido (aproximadamente sessenta por cento do valor venal do veículo) após um período de 15 meses de contrato de aluguel do carro.

O indivíduo que teria repassado todos os veículos na região foi devidamente identificado e está sob investigação da Polícia Civil. A equipe prosseguirá na investigação com a finalidade de identificar e qualificar demais indivíduos envolvidos nesta ação delituosa.

A ação foi coordenada pelos Delegados Dr. Domiciano Monteiro e Dra. Gislaine de Oliveira da Delegacia Especializada em Furtos e Roubos de Veículos do DETRAN e pelo Dr. Vinícius Volf Vaz titular da Delegacia de Polícia Civil de Presidente Olegário.

A Polícia Civil orienta a todas as vítimas que estão na posse de veículos adquiridos por meio do sistema em investigação (cashback) que procedam a devolução dos veículos, tendo em vista que os veículos estão com impedimento de furto e podem ser apreendidos a qualquer momento, inclusive com eventual responsabilização criminal.

Qualquer informação pode ser obtida pelo telefone da Delegacia 34-3811-1227 ou pelo WhatsApp 34-99866-4561.

A Polícia Civil reforça a sua missão em realizar a investigação criminal e o compromisso com o interesse público na apuração dos delitos, o que tem impactado na redução da criminalidade da região.

O golpe em Presidente Olegário

Cerca de 33 moradores de Presidente Olegário/MG, que preferiram o anonimato relatam que perderam R$ 1.155.000,00 em suposto golpe do “cashback” aplicado por uma locadora de veículos na cidade de Hortolândia (SP). A empresa de aluguel de carros RT&T, fechou as portas e está causando prejuízo financeiro a centenas de pessoas.

Clientes que se dizem vítimas do golpe relataram que faziam um contrato de aluguel de carro, com a promessa de que, ao final do período, poderiam pegar o dinheiro de volta ou trocar o carro por um mais novo e renovar o contrato.

O local onde era a sede da locadora em Hortolândia/SP está vazio, sem portão e com sinais de abandono, como móveis e documentos revirados. Já as páginas da locadora nas redes sociais estão desativadas.

O Pohoje teve acesso ao inquérito da Polícia Civil da cidade de Hortolândia, onde mostra que esquema criminoso montado pela empresa é complexo, envolvendo várias empresas e pessoas físicas, que se utilizavam de promessas de lucros fáceis para atrair centenas de clientes e investidores, além do fato de cooptar com promessas de comissão as próprias vítimas para divulgar e atrair cada vez mais outras vítimas para que o sistema criminoso se sustentasse. 

A Principal empresa do Grupo RT&T, a RT & T – Rent Car Locadora de Veículos Ltda, criou um programa denominado de “CASHBACK AUTO RT&T”, onde era realizado um contrato simulado de aluguel e parceria, onde as vítimas aportavam um montante inicial, geralmente em torno de 60% do valor venal do veículo, para que pudessem utilizar o veículo durante o prazo de 15 (quinze) meses, com isenção de IPVA, isenção dos custos com revisão do veículo, isenção dos custo de manutenção, e ainda, ao final dos 15 (quinze) meses, todo o dinheiro aportado seria integralmente devolvido ao contratante, conforme consta nos contratos de gaveta acostado aos autos, e mídia divulgada pelas redes sociais do Grupo RT&T, conforme imagem ao lado:

O grupo criminoso atuava em várias cidades e há indícios da pratica de vários crimes, e envolvimento de pelo menos 08 pessoas já identificadas que trabalhavam para o Grupo Criminoso, inclusive recebendo dinheiro das vítimas nas suas próprias contas bancárias, o que demonstram sua participação na atividade criminosa.

A suspeita é de que o dono, o empresário Carlos Roberto da Costa Reis, tenha fugido e aplicado um golpe em seus clientes, não se sabe ainda o paradeiro dele, mas em vídeo divulgado pelo próprio empresário, ele diz que fugiu por estar sendo ameaçado de morte.

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