A Polícia Militar do 5º Pelotão PM apreendeu 4 veículos, nesta terça-feira (19) e quarta-feira (20), em Presidente Olegário ligados a um esquema denominado pirâmide financeira – sistema que cria uma cadeia para gerar dinheiro pela adesão de novos associados. Este esquema conhecido pelo golpe do ‘cashback’ na cidade de Hortolândia/SP – aplicado por locadora de veículos e chegou a movimentar mais milhões pela internet.
Somente em Presidente Olegário o golpe do “cashback’ aplicado por locadora de veículos atingiu mais de 30 pessoas, onde as mesmas perderam cerca de R$ 1,1 milhão.
De acordo com a ocorrência policial, nesta terça-feira (19) e quarta-feira (20), o sistema Hélios acusou os veículos Fiat/Argos (2), Fiat/Toro e CAOACHCRY/TIGOO7T com queixa furto/roubo transitando pela MG -354 entre Presidente Olegário e Patos de Minas, onde iniciou rastreamento para localizar os veículos, sendo os mesmos localizado, onde as vítimas relataram que fizeram investimento com aluguel do carros, onde aplica-se em dinheiro. Os carros foram apreendidos e encaminhados para o pátio do Detran – MG -.
“Os possuidores dos veículos também estão sendo considerados como vítimas do golpe e sequer estão sendo conduzidos à delegacia”, disse o tenente Rodrigo Souza.
Segundo a Polícia Militar os veículos são produto do crime, sendo verificado com a proprietária da locadora, onde a mesma relatou que estes veículos foram locados por uma empresa que aplicou diversos golpes, os veículo foram sublocados para um terceiro pelos golpistas, portanto, a empresa não sabe com quem ele esta agora, acrescenta-se que os golpistas também retiraram o rastreador.
Ainda de acordo com a PM, a empresa de nome RTT, teria locado cerca de 797 veículos de 6 Locadoras, retiraram os rastreadores, e então foram sublocados para outras pessoas na forma de um golpe.
Entenda o caso do golpe do ‘cashback’ aplicado por locadora de veículos
Cerca de 33 moradores de Presidente Olegário/MG, que preferiram o anonimato relatam que perderam R$ 1.155.000,00 em suposto golpe do “cashback” aplicado por uma locadora de veículos na cidade de Hortolândia (SP). A empresa de aluguel de carros RT&T, fechou as portas e está causando prejuízo financeiro a centenas de pessoas.
Clientes que se dizem vítimas do golpe relataram que faziam um contrato de aluguel de carro, com a promessa de que, ao final do período, poderiam pegar o dinheiro de volta ou trocar o carro por um mais novo e renovar o contrato.
O local onde era a sede da locadora em Hortolândia/SP está vazio, sem portão e com sinais de abandono, como móveis e documentos revirados. Já as páginas da locadora nas redes sociais estão desativadas.
O Pohoje teve acesso ao inquérito da Polícia Civil da cidade de Hortolândia, onde mostra que esquema criminoso montado pela empresa é complexo, envolvendo várias empresas e pessoas físicas, que se utilizavam de promessas de lucros fáceis para atrair centenas de clientes e investidores, além do fato de cooptar com promessas de comissão as próprias vítimas para
divulgar e atrair cada vez mais outras vítimas para que o sistema criminoso se sustentasse.
A Principal empresa do Grupo RT&T, a RT & T – Rent Car Locadora de Veículos Ltda, criou um programa denominado de “CASHBACK AUTO RT&T”, onde era realizado um contrato simulado de aluguel e parceria, onde as vítimas aportavam um montante inicial, geralmente em torno de 60% do valor venal do veículo, para que pudessem utilizar o veículo durante o prazo de 15 (quinze) meses, com isenção de IPVA, isenção dos custos com revisão do veículo, isenção dos custo de manutenção, e ainda, ao final dos 15 (quinze) meses, todo o dinheiro aportado seria integralmente devolvido ao contratante, conforme consta nos contratos de gaveta acostado aos autos, e mídia divulgada pelas redes sociais do Grupo RT&T, conforme imagem ao lado:
O grupo criminoso atuava em várias cidades e há indícios da pratica de vários crimes, e envolvimento de pelo menos 08 pessoas já identificadas que trabalhavam para o Grupo Criminoso, inclusive recebendo dinheiro das vítimas nas suas próprias contas bancárias, o que demonstram sua participação na atividade criminosa.
A suspeita é de que o dono, o empresário Carlos Roberto da Costa Reis, tenha fugido e aplicado um golpe em seus clientes, não se sabe ainda o paradeiro dele, mas em vídeo divulgado pelo próprio empresário, ele diz que fugiu por estar sendo ameaçado de morte.