
Pacientes com câncer tem entrado na Justiça para conseguir uma substância desenvolvida no Instituto de QuÃmica da USP em São Carlos (SP). Ela tem apresentado resultados positivos contra a doença.
A aposentada Dona Maria Aparecida T.Cunha de 60 anos, da cidade de Carmo do ParanaÃba sofre de câncer de esôfago descoberto este ano e luta contra a doença e quando ouviu falar da substância entrou na Justiça.
Pacientes que já tomaram a capsula da substância relatam melhoras no combate ao câncer. Os estudos com a substância fosfoetanolamina sintética começaram na década de 90 feita a base de princÃpios ativos dos presentes no shampoo e também no refrigerante agem nas células cancerosas como marcadores e como se as capsulas colocassem sinalizadores nas células doentes fazendo com que elas fiquem mais visÃveis para o sistema imunológico combater.
Durante mais de 20 anos, as cápsulas foram distribuÃdas em laboratório para quem tivesse o sintoma da doença. Só que em junho, do ano passado uma portaria publicada pelo Instituto de QuÃmica da USP São Carlos impediu a produção e a distribuição da substância.
O pesquisador da USP Salvador Claro Neto disse que procurou os órgãos responsáveis e encontraram dificuldades. O instituto tinha uma parceria com um hospital de Jaú (SP) e fornecia a substância a um preço de R$ 0,10 por cápsulas para os testes clÃnicos para os pacientes. Os pesquisadores não conseguiram o registro Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e os testes pararam. A entrega só é feita com decisão judicial.
Depois da proibição da distribuição a Vara da Fazenda Pública de São Carlos tem recebidos vários processos. Os advogados de Presidente Olegário, Dr. Alderico Evangelista Braga e Dra. Juliana Bergmam Silva, estão cuidando de três casos. Eles até agora conseguiram liminares da Justiça para que Dona Maria Aparecida receba a substância. Segundo os advogados tem vários depoimentos de cura, diminuição da dor.
A Sociedade Brasileira de Oncologia informou que a indÃcios positivos da substância contra o câncer, mas os médicos não vão prescrever sem o registro da Anvisa.  Já USP São Carlos afirma que não tem capacidade para produzir a substância em larga escala e reforça que a regulamentação é necessária.
