Moradores de Presidente Olegário e de várias cidades mineiras registraram uma “bola de fogo” percorrendo o céu no início da noite dessa quarta-feira (14). A luz também hamou a atenção de moradores de cidades de Minas Gerais, Bahia e Distrito Federal, entre outros.
Segundo especialistas, a hipótese mais provável é que o fenômeno tenha sido causado por um lixo espacial. Veja vídeo abaixo:
- A primeira é que tenha sido, de fato, um meteoro – objeto que entra na atmosfera da Terra em alta velocidade e se incendeia com o atrito, deixando um rastro de fogo e fumaça.
- A segunda, considerada mais provável pelo especialista, é a reentrada de lixo espacial na atmosfera.
O pesquisador explica que a reentrada de lixo espacial a atmosfera pode ocorrer com pedaços de satélites desativados ou partes de foguetes lançados por agências espaciais como a NASA (EUA), Roscosmos (Rússia), CNSA (China) e outras.
Lixo espacial: principal hipótese
Para o astrônomo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Renato Las Casas, a hipótese de se tratar apenas lixo espacial é a mais forte.
“Pelo fato do objeto estar em baixa velocidade, eu descarto a possibilidade de ser um meteoro. Sobra então ser um lixo espacial, que está aqui mesmo na nossa atmosfera. O meteoro vem de longas distâncias e tem uma energia bem maior, então entra na nossa atmosfera com velocidade bem maior do que o lixo espacial”, explica.
O especialista esclareceu que lixo espacial é qualquer objeto, feito pelo homem, que está sem utilidade no espaço. Apesar disso, não é possível determinar exatamente qual seria.
“Pode ser um parafuso, um satélite desativado ou ferramentas perdidas pelos astronautas. Este pelo que me pareceu é um objeto grande, podendo ser um satélite por exemplo”, comentou Las Casas.
O fenômeno chamou a atenção pela luz emitida. Conforme o astrônomo, a associação com o fogo não está errada, já que o objeto realmente fica em chamas. Devido ao atrito com a atmosfera, ele superaquece até pegar fogo e se quebrar em várias partes.
Colaboraram: Beatriz Mendes, Rafael Nonato (G1 Minas) e Juarez Martins/Pohoje.