Para moradores da cidade de Lagoa Grande, Noroeste de Minas, ir ao banco é sinônimo de transtorno e de gastos. Isso porque não há agências bancárias ou caixas eletrônicos neste municÃpio. Na cidade o posto de atendimento do Banco do Brasil só recebe boleto através do código de barras e o Bradesco só tem um caixa eletrônico que faz saque e não é suficiente.
A prefeitura da cidade da terra do leite efetua o pagamento aos cerca de 350 servidores através do Banco do Brasil e Bradesco. Os funcionários relatam que falta dinheiro nos caixas e se quiseram sacar ou até pagar conta muitas vezes tem que deslocar a Presidente Olegário ou João Pinheiro.
O prefeito Edson Sabino (PSB) disse que já está conversando com duas agência bancárias para atender o municÃpio, Bradesco e Banco do Brasil. “O Banco do Brasil sabemos que a negociação está mais complicada uma vez que o banco está fechando agência em todo paÃs”, disse o prefeito.
“A nossa cidade é predominantemente agrÃcola e além dos servidores, trabalhadores em geral, produtores rurais, comerciantes precisam de banco para realizar movimentação financeira e só conseguem esse benefÃcio precisando viajar para as cidades vizinhasâ€, diz o prefeito.
De acordo com o prefeito Edson Sabino a cidade tinha cinco pontos de atendimentos bancários, mas devido a assalto e explosões dos caixas eletrônicos todos foram fechados. Teve explosão nos caixas que ficava no hospital, assalto a farmácias que tinha caixas eletrônicos do Bradesco e no Banco Postal do Banco do Brasil na agência dos Correios.
Uma loja e uma farmácia que tinha posto de atendimento deixaram de atender a população por falta de segurança.  A lotérica da cidade tem limite de para pagamento e saque e já foi alvo dos bandidos.
Conforme a prefeitura, nenhum banco quer manter uma agência no municÃpio devido, entre outros motivos, à crise econômica e os recentes assaltos.
Os comerciantes de Lagoa Grande também comentaram outro problema diante do fato de os moradores irem para outra cidade: a evasão de recursos. “As pessoas vão a cidades vizinha e fazem as compras por lá. Ainda tem aqueles que conseguem fazer saques na cidade, mas como o limite é baixo precisam parcelar os pagamentos das contas”, afirmou o dono no supermercado.
“Sem agência, não gira dinheiro e não conseguimos fortalecer o comércioâ€, pontuou o comerciante.
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