O primeiro recuo do Presidente Michel Temer com relação a a reforma da Previdência Social ocorreu na noite desta terça-feira (21). Depois das manifestações nas ruas contra a reforma e por pressão das lideranças polÃticas, ele fez um pronunciamento e excluiu os servidores estaduais e municipais.
Temer afirmou que caberá aos Estados e municÃpios a responsabilidade pela elaboração de suas respectivas normas. “Vamos fazer a reforma só em relação aos servidores federais e setor privado”, disse.
O projeto de reforma da Previdência atualmente em tramitação na Câmara só excluÃa militares das Forças Armadas, bombeiros e policiais militares.
O presidente afirmou ainda ter tido muitas reuniões no Senado e na Câmara e justificou a decisão afirmando que “surgiu com grande força que deverÃamos fortalecer princÃpio de autonomia dos Estados”. Ele não respondeu se a retirada dos servidores era um recuo.
A proposta tramita em comissão da Câmara e tem previsão para ser votada até o fim de abril. O relator dos trabalhos é o deputado Arthur Maia (SDD-BA).
Na quarta-feira (15), milhares de trabalhadores em todo paÃs manifestaram contra a reforma da previdência. Em Presidente Olegário mais de 500 servidores da educação do estado e municÃpio não deram aula e foram para as ruas manifestando contra a reforma da previdência.
A PEC 287 torna as regras para a aposentadoria tão difÃceis de serem alcançadas que os trabalhadores se sentirão obrigados a contratar planos privados de Previdência, caso tenham condições financeiras para isso.
Ao mesmo tempo, com a expectativa média de vida no paÃs girando em torno de 75 anos, as pessoas vão trabalhar quase até a morte. Uma professora que atualmente se aposenta após 25 anos de contribuição vai ter que trabalhar um total de 49 anos para receber o salário integral, ou seja, querem elevar em mais de 400% o tempo que essa docente teria que trabalhar para se aposentar.
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