Operação deflagrada pelo Ministério Público e PM prende uma pessoa no bairro Andorinhas e 45 na região

Quadrilha praticava crimes de prevaricação, furto e roubo de veículos, de cargas, de fazendas, entre outros.

Uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Patos de Minas com o apoio da Polícia Militar prederam 40 pessoas por meio de mandado e seis em flagrante, nesta terça-feira (24).

A Operação “Nêmesis” do Gaeco teve como objetivo investigar braços de uma organização criminosa suspeita de homicídio, falsidade ideológica, corrupção e roubos. As prisões ocorreram nas cidade de Presidente Olegário , Patos de Minas, Patrocínio, Serra do Salitre, Araxá, Uberaba, Uberlândia, Monte Carmelo e Sete Lagoas. No estado de São Paulo, ocorreu na capital,  e no interior nas cidade de Mairiporã e São José do Rio Preto.

Em Presidente Olegário um jovem, de 21 anos, foi preso na Rua Ercino Silva no bairro Andorinhas e 4 celulares foram apreendidos. As demais prisões ocorreram nas cidades alvo da Operação, entre os presos está um agente da Polícia Civil de Patos de Minas. Foram apreendidos ainda R$ 256 mil em dinheiro, 33 veículos, 8 armas de fogo, 63 kg de drogas, 133 aparelhos celulares, 50 computadores.  Os mandados foram expedidos pela Justiça de Patos de Minas.

Segundo o promotor Paulo César Freitas, este é o primeiro passo para desarticular uma quadrilha complexa. Ele ainda informou que a ação desencadeada será desmembrada. “Nós descobrimos que o que moveu o homicida seria uma vingança do chefe contra um agente público. A partir daí, começamos a entender a dinâmica desta organização complexa, com vários núcleos, cargas, drogas, armas, envolvimento com agentes públicos”, afirmou Paulo César Freitas.

Segundo o promotor, os suspeitos são pessoas que demonstram indícios de riqueza incompatíveis com os cargos ou profissões que ocupam. “Durante a investigação, fomos esbarrando no envolvimento de outros criminosos e até mesmo de servidores públicos”, disse.

O promotor explicou, ainda, que os presos foram para Patos de Minas, inclusive os de São Paulo, e vão ser encaminhados para o presídio Sebastião o Satiro. “Mesmo após estas prisões, os trabalhos continuam”, acrescentou.

A Operação “Nêmesis” foi desencadeada pelo Gaeco em Patos de Minas, com apoio das unidades de Uberlândia, Uberaba e Belo Horizonte e da Polícia Militar (PM).

“Nêmesis”

Em Minas Gerais, a ação ocorreu em Patos de Minas, Patrocínio, Presidente Olegário, Serra do Salitre, Araxá, Uberaba, Uberlândia, Monte Carmelo e Sete Lagoas (região Central). Já no estado de São Paulo, os alvos estavam na capital, em Mairiporã e em São José do Rio Preto.

Segundo o coronel Waldimir Ferreira, comandante da 10ª RPM, foram detectadas quatro organizações criminosas que atuavam na região, com extensão em Belo Horizonte e região de São Paulo, cometendo diversos crimes.

Entre os envolvidos estão policiais civis, sendo que três foram presos. Ferreira confirmou ainda que, na casa de um deles, durante mandado de busca e apreensão, mais de R$ 160 mil em dinheiro ilícito foram apreendidos.

Investigação e crimes

Segundo a 10ª RPM, a investigação começou em março deste ano. Os alvos também são envolvidos em crimes como prevaricação, furto e roubo de veículos, de cargas, de fazendas, de estabelecimentos comerciais, receptação e cárcere privado.

A quadrilha também é investigada por inserção de dados falsos em sistemas de informações dos bancos de dados da administração pública, adulteração de sinal identificador de veículo, lavagem de capitais, falsificação e comercialização de documentos públicos.

Foi informado ainda que o trabalho contou com medidas que contribuíram para a elucidação de um homicídio, o que levou à prisão do mandante e os executores pelos agentes do Gaeco e guarnições da PM.

Além disso, as investigações iniciais contribuíram para identificar esquema de enriquecimento ilícito, inclusive de agentes públicos, por meio de vantagem indevida, que se uniram para garantir a perpetuação das ações criminosas diversas citadas.

Colaborou: G1 Triangulo e Alto Paranaíba.

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