Ministério Público e polícia cumpre mandado na casa do ex-prefeito Palito

Investigação deflagrada de “Isonomia”, apura tráfico de influência, corrupção e lavagem de dinheiro.Advogado do ex-prefeito disse que ainda não teve acesso aos procedimentos.

O Ministério Público de Minas Gerais fez uma operação na manhã desta terça-feira (23), com mandado de busca e apreensão na casa do ex-prefeito de Presidente Olegário, Antônio Claudio Godinho “Palito” (PMDB).

Segundo informações preliminares do MP-MG, na Operação Isonomia  está sendo cumpridos 9 mandados de busca e apreensão; prisão e condução coercitiva nas cidades de Presidente Olegário, Uberlândia, Canápolis e Carmo do Paranaíba.

As investigações apuram crimes de organização criminosa, tráfico de influência, corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro  entre 2015 e 2016.

A operação contou com a participação de cerca de 45 policiais militares, federais e quatro promotores de justiça entre eles Dr. Paulo César Freitas que acompanhou a operação em Presidente Olegário.

O material apreendido na casa do ex-prefeito não foi informado pelo Ministério Público (MP), nem a participação do ex-prefeito nos crimes.

De acordo com a nota divulgado a imprensa ocorreu a prisão do prefeito de Perdizes em Uberlândia, Fernando Marangoni, em flagrante recebendo R$ 20 mil em propina  e do ex-prefeito de Canápolis, Diógenes Borges por porte ilegal de arma de fogo.

Segundo o Ministério Público a investigação investigação apura a contratação, por parte de inúmeras Prefeituras Municipais da região do Triângulo Mineiro e do Alto Paranaíba, de escritório de advocacia situado em Uberlândia para prestação de serviços de compensação de créditos tributários.

“As contratações se davam mediante inexigibilidade de licitação, e eram levadas a efeito em razão de tráfico de influência exercido por outro escritório de advocacia também situado em Uberlândia” explica a nota.

Ainda segundo o Ministério Público os lucros advindo da prestação de serviços eram divididos isonomicamente, ou seja, 50% (cinquenta por cento) para o escritório responsável por influenciar os municípios a fazer a contratação; 50% (cinquenta por cento) para o escritório contratado e responsável pela efetiva prestação de serviços.

A nota diz que houve solicitação, por parte dos Prefeitos Municipais responsáveis pela contratação, de pagamento de vantagem ilícita, no valor de 20% do valor efetivamente pago a título de honorários; parte dos valores solicitados foram pagos.

O advogado do ex-prefeito Palito,  Dr. Tiago Favaro disse que a defesa acompanhou a operação e que ainda não teve acesso a todos os procedimentos da documentação da ação do Ministério Público e que assim que obtiver todas as informações será divulgado uma nota esclarecendo os fatos.

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