Greve dos funcionários dos Correios não afeta atendimento na agência de Presidente Olegário, diz empresa

Categoria é contra a privatização da estatal e querem a manutenção do Acordo Coletivo que estaria em vigência até 2021.
Agência dos Correios no centro de Presidente Olegário

A greve nacional dos funcionários dos Correios começou nesta terça-feira (18), segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect).

Em  nota os Correios informou que os dados sobre o efetivo e unidades estão em apuração, mas a unidade em Presidente Olegário está funcionando normalmente. Novas informações poderão ser prestadas ainda nesta terça-feira (18).

Segundo a entidade a greve não tem prazo para o fim da paralisação na estatal. A categoria é contra a privatização da estatal, reclamam do que chamam de “negligência com a saúde dos trabalhadores” na pandemia e pedem a manutenção do Acordo Coletivo que estaria em vigência até 2021, dentre outros.

Nota dos Correios

Os Correios não pretendem suprimir direitos dos empregados. A empresa propõe ajustes dos benefícios concedidos ao que está previsto na CLT e em outras legislações, resguardando os vencimentos dos empregados conforme contracheques em anexo que comprovam tais afirmações.

Sobre as deliberações das representações sindicais, os Correios ressaltam que possuem um Plano de Continuidade de Negócios, para seguir atendendo à população em qualquer situação adversa.

No momento em que pessoas e empresas mais contam com seus serviços, a estatal tem conseguido responder à demanda, conciliando a segurança dos seus empregados com a manutenção das suas atividades comerciais, movimentando a economia nacional.

Desde o início das negociações com as entidades sindicais, os Correios tiveram um objetivo primordial: cuidar da sustentabilidade financeira da empresa, a fim de retomar seu poder de investimento e sua estabilidade, para se proteger da crise financeira ocasionada pela pandemia.

A diminuição de despesas prevista com as medidas de contenção em pauta é da ordem de R$ 600 milhões anuais. As reivindicações da Fentect, por sua vez, custariam aos cofres dos Correios quase R$ 1 bilhão no mesmo período – dez vezes o lucro obtido em 2019. Trata-se de uma proposta impossível de ser atendida.

Respaldados por orientação da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST), bem como por diretrizes do Ministério da Economia, os Correios se veem obrigados a zelar pelo reequilíbrio do caixa financeiro da empresa. Em parte, isso significa repensar a concessão de benefícios que extrapolem a prática de mercado e a legislação vigente. Assim, a estatal persegue dois grandes objetivos: a sustentabilidade da empresa e a manutenção dos empregos de todos.

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