Funcionária acusa presidente da Câmara Municipal de assédio sexual em Lagoa Grande

Caso foi registrado pela Polícia Militar (PM) como importunação sexual

Uma funcionária denuncia que foi assediada sexualmente na Câmara Municipal de Lagoa Grande, no Noroeste de Minas. A servidora relatou o fato ao marido e o casal procurou a policia.

A mulher registrou um Boletim de Ocorrência no Destacamento da PM. O caso foi registrado pela Polícia Militar (PM) como importunação sexual. 

Segundo a ocorrência policial, a mulher de 30 anos, relatou aos militares, que ela trabalha no Legislativo há pouco mais de um ano e após o segundo mês trabalhando no local, começou a ser incomodada e importunada pelo vereador presidente Arlindo Brás, o qual fazia proposta: “Vamos para um motel, eu te dou R$ 1 mil” Você é muito gostosa, pega aqui só um pouco, chegando próximo a ela e apontando para seu órgão genital”, relatou a servidora a Polícia Militar. 

A vítima relatou aos militares que ignorava as propostas e mandava o presidente parar, mas no decorrer do ano as propostas foram ficando mais frequente, porém nunca havia ocorrido nenhum contato físico forçado. 

Conforme a mulher, disse na ocorrência policial, ela estava trabalhando na Câmara e na sexta-feira dia 11 de março de 2022, entrou na sala do presidente Arlindo Brás para o serviço de rotina, quando o mesmo entrou também e foi em direção a ela, a qual estava de costas, para ele e o mesmo deu uma tapa na sua bunda, a qual não teve nenhuma reação de imediato e saiu da sala correndo, chorando e comunicou o fato a supervisora”, relatou a mulher aos militares.

Ainda de acordo com a ocorrência policial, os militares fizeram diligências e foram informados que o presidente Arlindo Brás estava na cidade de Patos de Minas, sendo feito contato via telefone e o mesmo negou o fato narrado pela servidora, dizendo que nunca fez nenhuma proposta de cunho sexual a mesma e não tocou, em momento algum nela com ou sem o seu consentimento. 

O presidente da Câmara Arlindo Brás alegou que o marido da servidora estaria lhe procurando e quando estava deixando o prédio da Câmara acompanhado do advogado da Câmara, ele chegou no local possivelmente armado e de imediato deixaram o local. 

O marido da servidora nega ameaça e disse que não estava armado e que foi no local procurar o vereador em um momento de fúria. Uma servidora da Câmara disse a PM, que a colega de serviço já tinha relatado os fatos a ela e que quando estava fechando a Câmara, o marido da vítima, chegou no local procurando pelo presidente e que o mesmo saiu correndo  atrás do carro e retirou uma arma da cintura. 

Diante das informações os militares foram até a Câmara Municipal afim de verificar os sistema de vídeo monitoramento junto com o advogado do Legislativo, o qual alega que viu nitidamente o marido da servidora com uma arma de fogo, pequena. Ao verificar o sistema a PM relatou que é possível vê que o marido da servidora saca alguma algo da cintura e aponta em direção ao veículo, porém não é possível visualizar com clareza o que ele tinha em mãos. 

O Pohoje entrou em contato com presidente da Câmara,  mas até o fechamento da reportagem não teve retorno do parlamentar. 

A Polícia Militar revistou o marido da servidora e não foi encontrado nada de ilícito com ele. O caso será investigado pela Delegacia da Polícia Civil de Presidente Olegário. 

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