Fazendas e empresa de Presidente Olegário devem manter suas atividades de aplicação aérea de pesticidas longe das terras da Comunidade Indígena Xucuru Kariri que fica entre o Distrito de Galena e o povoado de Andrequice. O pedido veio do Ministério Público Federal (MPF) e tem o objetivo de proteger a população local dos efeitos nocivos dos agentes químicos lançados por aviões e drones.
A recomendação foi entregue aos responsáveis pelas fazendas e à empresa que opera aeronaves utilizadas na pulverização durante visita à comunidade indígena Xucuru Kariri na terça-feira (28). Além do MPF, estiveram no local representantes da Justiça Federal e do Ibama.
As atividades também devem guardar uma distância de 500 metros de mananciais de captação de água, áreas de nascentes e, sobretudo, das áreas destinadas ao abastecimento de populações.
O MPF recomenda, ainda, que não se façam sobrevoos de aeronaves agrícolas transportando produtos químicos (ou que estejam a seu serviço) sobre áreas povoadas ou com moradias. E que as aeronaves e operadores que realizem tais procedimentos tenham registro junto ao Mapa, para fins de pulverização de agrotóxicos.
Comunicada pelo MPF, a empresa respondeu que acatará a recomendação.
Riscos
O respeito à distância mínima para aplicação aérea de agrotóxicos é necessário porque as substâncias trazem riscos à saúde humana e ao meio ambiente.
Entre os perigos à saúde, estão:
- o desenvolvimento de câncer e outros distúrbios;
- infertilidade;
- alterações hormonais;
- além de contaminação ambiental, com acumulação de resíduos em terra e água.
Com informações do G1 Triangulo e Alto Paranaíba.